Ficou
mais fácil às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) ter a própria identidade
visual. No ar desde agosto de 2011, a plataforma virtual Logovia já reúne cerca
de oito mil designers e 135 mil artes enviadas, com o foco no pequeno
empresário em busca de uma personalidade para o seu negócio.
A recente
inserção ocorrida no país das classes menos favorecidas economicamente, que
entraram em um novo patamar de consumo e oportunidades nos últimos anos, tem
gerado um número crescente de potenciais empreendedores, que sonham em tocar
com sucesso um negócio próprio.
Pesquisa
elaborada pela consultoria Endeavor mostra que, de cada quatro brasileiros,
três desejam começar uma empresa, o que corresponde a 76% do total da população
do país. Com a expressiva taxa, o Brasil fica atrás apenas da Turquia, que tem
percentual na casa dos 82%, mas à frente de regiões como Estados Unidos, com
51%, China, com 56%, e União Europeia, com apenas 37%.Essa intenção de ser dono
do próprio nariz em termos profissionais, por sua vez, leva a um consequente
ambiente onde novos negócios surgem a cada dia.
Para
diferenciar-se da seara de ofertas que inundam o setor brasileiro de serviços,
os aspirantes a empresários, além de naturalmente irem em busca de um produto
de destaque, vão também, por meio de uma identidade visual de impacto, lutar
pela atenção de um público exigente e disputadíssimo.
No olho
desse furacão aparecem os designers, prontos para transformar ideias em
fachadas curvilíneas e coloridas. No entanto, diferentemente de outras
profissões abundantes, como advogados ou engenheiros, que podem ser encontrados
com mais facilidade, esse não é o caso dos que vivem de criar uma personalidade
a um ponto comercial.
Justamente
para abocanhar esse nicho de micros e pequenos empresários, carentes de mão de
obra especializada, que os jovens fortalezenses Carmelo Queiroz, de 25 anos, e
Pedro Assis, de 23, resolveram criar o Logovia, após sentirem na pele o
problema de encontrar um logo de acordo com seus interesses.
“Procuramos
diversos locais atrás de uma identidade visual para a empresa em Fortaleza,
achamos três lugares diferentes, que não conseguiram atender nossa expectativa.
Começamos a pesquisar sobre o assunto, e descobrimos que não era uma
dificuldade só nossa”, recorda Queiroz, CEO da Logovia.
No
endereço virtual, aqueles atrás de uma imagem para seu negócio colocam a
proposta no ar, e o quanto estão dispostas a pagar pelo trabalho, e ela fica
disponível para uma base de aproximadamente oito mil designers. Lançado em
agosto de 2011, o Logovia já alcançou uma média de 200 logos comercializados
por mês, e a marca de 135 mil propostas enviadas. Os trabalho realizados são
quase 1,5 mil, e cada projeto recebe, em média, 90 sugestões de arte. A
movimentação financeira por meio do marketplace chega aos R$ 378 mil.
Com um
aporte inicial de R$ 30 mil, o Logovia rendeu um faturamento de R$ 400 mil no
ano passado a seus fundadores, e a expectativa é que os ganhos saltem para R$
3,5 milhões neste ano. A companhia retém de 20% a 30% do valor dos projetos
sacramentados.
FONTE: Brasil Econômico
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