segunda-feira, 22 de abril de 2013

Design Democrático: Cliente Decide o Quanto quer Pagar pela sua Comunicação Visual


Ficou mais fácil às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) ter a própria identidade visual. No ar desde agosto de 2011, a plataforma virtual Logovia já reúne cerca de oito mil designers e 135 mil artes enviadas, com o foco no pequeno empresário em busca de uma personalidade para o seu negócio.
A recente inserção ocorrida no país das classes menos favorecidas economicamente, que entraram em um novo patamar de consumo e oportunidades nos últimos anos, tem gerado um número crescente de potenciais empreendedores, que sonham em tocar com sucesso um negócio próprio.
Pesquisa elaborada pela consultoria Endeavor mostra que, de cada quatro brasileiros, três desejam começar uma empresa, o que corresponde a 76% do total da população do país. Com a expressiva taxa, o Brasil fica atrás apenas da Turquia, que tem percentual na casa dos 82%, mas à frente de regiões como Estados Unidos, com 51%, China, com 56%, e União Europeia, com apenas 37%.Essa intenção de ser dono do próprio nariz em termos profissionais, por sua vez, leva a um consequente ambiente onde novos negócios surgem a cada dia.
Para diferenciar-se da seara de ofertas que inundam o setor brasileiro de serviços, os aspirantes a empresários, além de naturalmente irem em busca de um produto de destaque, vão também, por meio de uma identidade visual de impacto, lutar pela atenção de um público exigente e disputadíssimo.
No olho desse furacão aparecem os designers, prontos para transformar ideias em fachadas curvilíneas e coloridas. No entanto, diferentemente de outras profissões abundantes, como advogados ou engenheiros, que podem ser encontrados com mais facilidade, esse não é o caso dos que vivem de criar uma personalidade a um ponto comercial.
Justamente para abocanhar esse nicho de micros e pequenos empresários, carentes de mão de obra especializada, que os jovens fortalezenses Carmelo Queiroz, de 25 anos, e Pedro Assis, de 23, resolveram criar o Logovia, após sentirem na pele o problema de encontrar um logo de acordo com seus interesses.
“Procuramos diversos locais atrás de uma identidade visual para a empresa em Fortaleza, achamos três lugares diferentes, que não conseguiram atender nossa expectativa. Começamos a pesquisar sobre o assunto, e descobrimos que não era uma dificuldade só nossa”, recorda Queiroz, CEO da Logovia.
No endereço virtual, aqueles atrás de uma imagem para seu negócio colocam a proposta no ar, e o quanto estão dispostas a pagar pelo trabalho, e ela fica disponível para uma base de aproximadamente oito mil designers. Lançado em agosto de 2011, o Logovia já alcançou uma média de 200 logos comercializados por mês, e a marca de 135 mil propostas enviadas. Os trabalho realizados são quase 1,5 mil, e cada projeto recebe, em média, 90 sugestões de arte. A movimentação financeira por meio do marketplace chega aos R$ 378 mil.
Com um aporte inicial de R$ 30 mil, o Logovia rendeu um faturamento de R$ 400 mil no ano passado a seus fundadores, e a expectativa é que os ganhos saltem para R$ 3,5 milhões neste ano. A companhia retém de 20% a 30% do valor dos projetos sacramentados.

FONTE: Brasil Econômico

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